qual a regra mais difícil de pegar

Professor, eu posso mais ou menos me considerar uma colega sua, porque também leciono Língua Portuguesa numa escola municipal de minha cidade. Por isso, gostaria de saber, com a experiência que o senhor tem, qual é o seu palpite: qual das regras de acentuação vai ser mais difícil de “pegar”, isto é, vai ser mais desrespeitada nos primeiros dias (meses?) da Reforma? Lucinda V. W. — Ribeirão Preto (SP)

Prezada Lucinda, não tem nada de mais ou menos; para mim, empunhou o giz, enfrentou a lousa, então é colega. Quanto à tua pergunta, sabes muito bem que as regras que foram alteradas (caem o trema e o acento agudo no U depois do G e do Q, o acento agudo no ditongos abertos éi, éu e ói, e o acento circunflexo nos hiatos ÔO e ÊE) já não eram muito populares, mesmo; muita gente simplesmente não usava o trema, por exemplo, e nem vai sentir a mudança. Fora o hífen — este sim, um caso sério, que ainda aguarda regulamentação por parte da Academia e que vai dar muitíssimo pano para manga —, o maior problema de adaptação que eu pressinto, por parte dos usuários, é essa regra caprichosa que tira o acento dos ditongos abertos nas paroxítonas mas o mantém nas oxítonas: heroico, mas herói; geleia, mas anéis; joia, mas sóis; e assim por diante. Melhor teria sido tirar o acento de todas, ou conservá-lo em todas. Abraço. Prof. Moreno

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