Azul e rosa
Nas cores, como na moda, tudo são convenções — umas duráveis, outras efêmeras.
Nas cores, como na moda, tudo são convenções — umas duráveis, outras efêmeras.
Usar o masculino singular para abranger ambos os gêneros é um princípio estrutural de nosso idioma, e se engana quem vê nisso qualquer opção ideológica. Há casos, porém, em que o preconceito ou a ignorância terminam atrapalhando.
Aluno não aprende sozinho, ciscando como um pinto solto entre livros e apostilas. A aprendizagem sem professor é difícil, demorada e geralmente imperfeita, pois só ele é capaz de identificar os desvios e os becos sem saída em que o pensamento do aluno se perdeu.
Por que fomos pedir emprestado ao japonês o vocábulo TSUNAMI? Nossa língua não tem palavra própria para designar um vagalhão desse tamanho?
“UM champanha GELADO” ou “UMA champanha GELADA”? Existe uma forma correta, ou tanto faz dar na cabeça ou na cabeça dar?
Para os holandeses, é DEN HAAG. Para os ingleses, é THE HAGUE. E para nós, como fica? Rui Barbosa, afinal, destacou-se EM HAIA ou NA HAIA?
Veja como o vocábulo VERNISSAGEM, neto da palavra VERNIZ, entrou aqui como turista, mudou de gênero e acabou adquirindo a cidadania brasileira.
A musse ou O musse? A fondue ou O fondue? A pen drive ou O pen drive? Veja as escolhas do Doutor nessas questões de gênero.
Dizem que o Brasil era chamado de PINDORAMA por seus primitivos habitantes, numa alusão às abundantes palmeiras de nosso território. Há controvérsias sobre a origem deste nome, mas hoje o problema é outro: você, caro leitor, usa este vocábulo como masculino ou feminino?
O Doutor informa: embora não pareça, o Português sempre privilegiou o gênero FEMININO.