Caro prof. Moreno: gostaria que o senhor definisse o sujeito oracional. Eu tenho dúvidas sobre quando este sujeito surge. Muito obrigado pela atenção!
André Luiz
André, aqui vai uma resposta rápida: as várias partes da frase (sujeito, objeto direto, predicativo, etc.) podem ser representadas por uma oração subordinada substantiva. É exatamente por esse motivo que, entre as substantivas, temos uma objetiva direta, uma predicativa, uma subjetiva — nomes que revelam a qual parte da frase elas correspondem. Quando o sujeito da oração principal for uma substantiva subjetiva, dizemos que o sujeito é oracional (faz sentido, não é?). Vais reconhecer os dois tipos básicos:
(1) as introduzidas pela conjunção integrante que:
Era indispensável que eu voltasse cedo.
Convém que todos fiquem sentados.
É estranho que o cão esteja latindo.
Aqui a oração grifada é subjetiva, isto é, exerce a função de sujeito (oracional) da oração principal, cujo verbo fica, convenientemente, 3ª pessoa do singular: era, convém, é.
(2) as reduzidas de infinitivo:
Estudar é importante.
Ficarmos aqui pode trazer sérias conseqüências.
Descobrir o assassino era uma tarefa para Sherlock Holmes.
Aqui a oração grifada também é subjetiva, só que reduzida de infinitivo. Como o sujeito é oracional, o verbo da principal, mais uma vez, vai ficar na 3ª pessoa do singular: é, pode, era. Deu para entender? Acho que deves olhar, também, o que escrevi sobre a voz passiva sintética. Abraço. Prof. Moreno
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