Diga /a prióri/. Faz parte de uma expressão maior, a priori ratione quam experientia, o que significa “por um raciocínio anterior à experiência”. Serve para indicar, por exemplo, um princípio que eu faço valer antes de mais nada e do qual não abro mão:
Não posso admitir, a priori, que alguém seja impedido de manifestar sua posição neste debate.
Também pode designar um raciocínio que se baseia em pressupostos e que, portanto, não leva em consideração o que a experiência posterior possa trazer:
É perigoso condenar a priori essa experiência econômica (entenda-se: sem ainda ter visto seus desdobramentos e suas conseqüências).
Julgar uma pessoa a priori é fazer uma opinião de alguém antes de realmente conhecê-lo:
Não me agrada fazer julgamentos a priori, mas esse conferencista me parece ser um sujeitinho insuportável.
Como essas atitudes pré-concebidas sempre foram condenadas nos meios bem-pensantes, há uma forte conotação negativa no adjetivo apriorístico quando o usamos com relação ao julgamento feito por outrem.
O raciocínio A PRIORI opõe-se ao raciocínio A POSTERIORI. Na Filosofia e na Lógica as duas expressões são usadas com significados bem definidos, especializados, que o leitor deverá entender no âmbito específico daquelas áreas.
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