Prof. Moreno: tenho ouvido com muita freqüência expressões do tipo “eu tinha compro uma caneta”, “nós deveríamos ter compro aquele carro”. Qual o motivo dessas expressões se tornarem tão usadas? Do jeito que as coisas estão indo, daqui a pouco passaremos a ouvir “nós perdemos a oportunidade de ter fecho o negócio”. Explique-nos onde está o erro, se é que está errado. Já estou começando a ter dúvidas. Um abraço.
Bruna – Goiânia
Minha cara Bruna: não sei onde tens ouvido essa barbaridade, mas aconselho-te a evitar as pessoas que falam “eu tinha compro“(!). Imagina se os verbos regulares começassem a formar esse particípio mais curto, ao lado da tradicional forma terminada em -ado ou -ido! Íamos ouvir “eu tinha lavo“, “eu tinha vendo“, “eu tinha falo” — ou, como tu bem notaste, “eu tinha fecho”. Alguns verbos (poucos, na verdade) têm dois particípios, mas eles não passam de uma centena, perto dos 50.000 verbos que o Português tem hoje. Dá uma lida no que escrevi sobre pego e chego, e escolhe melhor as tuas companhias. Abraço. Prof. Moreno
Depois do Acordo: freqüência > frequência