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Os vocábulos importados são como estrangeiros que vêm morar no Brasil: uns já estão naturalizados, outros aguardam o deferimento do pedido e outros, finalmente, vão viver aqui sem mudar sua cidadania de origem.
Os vocábulos importados são como estrangeiros que vêm morar no Brasil: uns já estão naturalizados, outros aguardam o deferimento do pedido e outros, finalmente, vão viver aqui sem mudar sua cidadania de origem.
Um leitor pergunta por que nós escrevemos “Argélia”, quando o mundo todo parece preferir “Algéria”. A explicação é histórica: quando o mundo optou pelas formas francesas, “Alger” e “Algérie”, nosso léxico já usava “Argel” e “Argélia” há muito tempo.
Se, como vimos, “crack” pode ser nacionalizado como CRAQUE, o que impedirá que “rock” se transforme em ROQUE? Nada — nem mesmo o fantasma de Elvis, nosso rei eterno e incontestável. Tudo vai depender da preferência dos fãs deste tipo de música.
Comparada ao Chinês ou ao Hebraico, nossa língua é uma jovem senhora de 900 anos, mas já tem seus hábitos e suas manias. Uma delas é impor o seu próprio sistema ortográfico aos vocábulos estrangeiros que aparecem por aqui — medida das mais saudáveis, como veremos.